segunda-feira, 31 de março de 2008

Elaboração de Projetos Culturais

Lançamento do programa Rumos Artes Visuais do Itaú Cultural

Foto de Alexandre Sequeira

Fundação Joaquim Nabuco e Itaú Cultural convidam para o debate com especialistas sobre as artes visuais brasileira contemporânea e lançamento de edital do programa Rumos Artes Visuais do Itaú Cultural. Será no dia 3 de abril, quinta-feira, às 19h, na Fundaj, que fica na Rua Henrique Dias, 609, Derby. Informações: 3073-6363. A entrada é franca e não há necessidade de inscrição antecipada (180 lugares).
O programa Rumos Artes Visuais 2008 do Itaú Cultural tem como objetivo mapear e garimpar o melhor da produção contemporânea das artes visuais em todo o Brasil. Para tanto, o Itaú Cultural está promovendo debates com especialistas (curadores, professores e artistas) em 19 cidades do país e lançando edital de seleção e premiação.
O debate é aberto a todos os interessados e o público alvo do edital são artistas emergentes que tenham obras produzidas a partir de 2005 nas áreas da fotografia; escultura; objetos; pinturas; gravuras; desenhos; instalações; videoinstalações; sites specifics; intervenções; novas tecnologias e performances.

Informações completas sobre o edital, prêmios, formas e critérios de inscrição no site http://www.itaucultural.org.br/. Dúvidas sobre o edital no rumosartesvisuais@itaucultural.org.br


Programação do debate no Auditório da FUNDAJ
03 de abril, quinta-feira.


19h
Abertura
Apresentação do edital do programa Rumos Artes Visuais, com Yara Kerstin – gerente do núcleo de Artes Visuais do Itaú Cultural.

19h30
tema da palestra: DESLOCAMENTOS, com Alexandre Sequeira.
Sequeira é artista plástico, curador, fotógrafo, especialista em semiótica e artes visuais e professor do Instituto de Ciências da Arte da Universidade do Pará (UFPA).

O palestrante estimulará a reflexão sobre a produção diversificada da arte contemporânea em um país com dimensões continentais como o Brasil

20h30
tema da palestra:
DOS ARQUIPÉLAGOS AO CONTINENTE - Uma Trajetória da Arte Moderna e Contemporânea no Brasil, com Paulo Sérgio Duarte. Duarte é curador-coordenador do programa Rumos Artes Visuais 2008 do Itaú Cultural

O curador analisará o cenário artístico nacional a ser mapeado pelo programa Rumos Artes Visuais. Para Duarte, " ....a investigação que orientará o programa Rumos deve suprimir hipóteses conceituais que impeçam a descoberta das novas manifestações ainda não detectadas."

Palestra "Imagens do Passado" com Georgia Quintas

O Laboratório de Antropologia Visual, que integra o Núcleo Imagem e Som da UFPE, convida para palestra da profa. Dra. Geórgia de Andrade Quintas sobre o tema "Imagens do Passado - Os Retratos da Sociedade Agrária e Aristocrática de Pernambuco", no dia 3 de abril, às 17h30, no Auditório de Antropologia, 13º andar do CFCH.
O Laboratório de Antropologia Visual faz parte do Núcleo de Imagem & Som em Ciências Humanas e anualmente mantém um Grupo de Estudos em Antropologia Visual, com alunos do Curso de Ciências Sociais e do Programa de Pós-Graduação em Antropologia, e tem entre os seus objetivos discutir aspectos da teoria e metodologia no campo disciplinar da Antropologia Visual.

Informações - (81)2126-8286

domingo, 30 de março de 2008

Galeria do Esquinas



Título: Um Índio
Autor: Meire

sábado, 29 de março de 2008

Mostra no MoMA evoca a cor na arte contemporânea

Fotografia do inglês David Batchelor


A mostra "Color Chart - Reinventing Color from 1950 to Today", do Museum of Modern Art (MoMA) de Nova York, baseia-se em um quase-paradoxo: a beleza que surge quando os artistas utilizam cores de forma aleatória, direto de sua fonte ou por meio de sistemas arbitrários.
Essas idéias, bastante difundidas a partir da metade do século 20, contrariam o princípio romântico que as cores deveriam ser misturadas e utilizadas para exprimir as emoções do artista. Ao invés disso, o MoMA reuniu obras como "Distribuição Aleatória de 40 Mil Quadrados Utilizando os Números Pares e Ímpares de uma Lista Telefônica", de François Morellet, um painel que é exatamente o que diz seu título: lista em punho, o artista "traduziu" os números de telefone em um código binário (no caso, vermelho ou azul) até preencher a tela.
Entre os nomes escolhidos para a exposição está Andy Warhol, com quadros da série "Do It Yourself", em que a tela aparece parcialmente pintada com espaços em branco numerados; Damien Hirst, com a pintura em parede "John, John", feita por voluntários que não podiam repetir as cores; Dan Flavin, que utiliza lâmpadas fluorescentes comuns em composições minimalistas, além do fotógrafo inglês David Batchelor, com uma fotografia chamada "Remix", em que brinca com a cor e seus sentidos.
A última pintura do criador dos "readymades", Marcel Duchamp, também faz parte da exposição. "Tu m'" ("Você Me...", em tradução livre), de 1918, tem em sua composição uma série de quadrados que emulam uma paleta de cores ("color chart", em inglês). Trinta anos mais tarde, esse elemento daria base ao pensamento que as próprias cores seriam "readymades", objetos de produção em massa que se tornavam arte ao serem colocados em outro contexto.

Serviço:
"Color Chart - Reinventing Color from 1950 to Today" fica em cartaz no MoMA até o dia 12 de maio.

Oficina de Iluminação para Teatro de Bonecos

Estão abertas, até o dia 04 de abril, as inscrições para a oficina de "Iluminação para Teatro de Bonecos", ministrada pelo ator, bonequeiro e iluminador Jorge Costa (Presidente da Associação Pernambucana de Teatro de Bonecos) como parte do Projeto Bonecos no Apolo-Hermilo. As inscrições tem um custo de R$ 10,00 e podem ser feitas no Centro Apolo-Hermilo no horário das 9h às 12h30 ou das 14h às 18h.

Programa da oficina

Introdução à iluminação cênica para teatro de bonecos
09 a 30 de abril de 2008 (quartas a domingos das 16h às 20h).
Professor: Jorge Costa (PE)
Local: Teatros Apolo e Hermilo (sala de espetáculo e técnica)

Professor: Jorge Costa - Ator, bonequeiro e iluminador.

Ementa: Uma visão geral da iluminação cênica e dos recursos disponíveis para se elaborar um plano de luz, de uma maneira geral e, em especial, para o teatro de bonecos. A carga horária de 30h/a, constando de aulas expositivas, acompanhamento de montagens e visitas a outras casas de espetáculo, será distribuída ao longo do período proposto.

Objetivo: Dar ao aluno uma idéia geral do que é iluminação cênica e como utilizar alguns dos recursos disponíveis.

Conteúdo programático: Um pouco de história da iluminação- Equipamentos (tipos de refletores e acessórios)- Gelatinas (colorindo a cena e criando climas)- Planejamento da luz- Prática de montagem

Metodologia: Aulas expositivas e práticas.

Carga horária: 30horas / aula

Nº de vagas: 25


Informações: Centro de Formação e Pesquisa das Artes Cênicas Apolo-Hermilo
E-mail: apolohermilo@yahoo.com.br
Fones: 81 32322028 ou 32322030

Galeria do Esquinas



Título: Menina rosa
Autor: Osmário Marques

terça-feira, 25 de março de 2008

Grupo F1 promove debate com fotógrafo Breno Laprovítera

Dando continuidade as ações iniciadas em 2007, o "Grupo F1 - Fotografia, Estética e Contemporaneidade", inicia os trabalhos de 2008 com uma palestra-entrevista com Breno Laprovítera. O debate será no mini-auditório - I, térreo do Centro de Artes e Comunicação - UFPE, as 14h30, na sexta-feira, dia 28 de março. Na pauta do encontro, Breno apresentará seu portfólio, representando sua retrospectiva na fotografia, que remonta 22 anos de carreira.
Breno, 42 anos, atua no mercado de fotografia desde 1987, como freelancer em jornais e revistas. Em 1989 é contratado pelo Jornal do Commercio, onde permanece por 05 anos. Em 1991 monta com mais 04 sócios a Imago, primeira agência de fotografia em Pernambuco em moldes cooperativados voltada para fotojornalismo, fotopublicidade e banco de imagens . Em 1998 monta (com Jarbas Jr). o departamento de fotografia da Folha de Pernambuco,no cargo de sub-editor e em seguida editor . Atualmente dirige o departamento comunicação visual da Prefeitura do Recife. Desde de 2002 é assessor da ALEPE (assembléia Legislativa do Estado de Pernambuco) onde chefia a equipe de fotógrafos, edita os jornais Diário Oficial e Tribuna Parlamentar.
Tem trabalhos publicados em jornais e revistas de referência nacionais e internacionais, como: Jornal do Commercio, Diário de Pernambuco, Folha de Pernambuco, Folha de S. Paulo, Estado de S.Paulo, Globo, Jornal do Brasil, Gazeta Mercantil, Washigton PostNew York Times, LOOK, Veja, Isto é, Manchete, Globo Ciência, A&D, Viver Bem, Casa Claudia, Elle, Época.
Tem extensa atividade junto ao mercado publicitário e editorial, tendo seu trabalho presente em mais de 10 livros, em diversos catálogos de Arte, capas de livros, CD's. Participou de exposições no Brasil e exterior.
Desde 1992 realiza documentação do Carnaval Pernambucano através do projeto Lambe-lambe, que em 2002, gerou livro homônimo.

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Sobre o Grupo F1 - Fotografia, Estética e Contemporaneidade.

O grupo F1, criado no Centro de Artes e Comunicação da UFPE em 2007, tem o objetivo de ampliar o convivio com o universo da fotografia para além do conteudo disciplinar dos currriculos dos cursos de Comunicação. Essa iniciativa emergiu da grande quantidade de alunos de nosso curso interessados na continuação das atividades iniciadas nas disciplinas de Introdução a Fotografia, gerando a demanda de estudo, debate e prática continuada.

São objetivos contemplados pelo grupo:

Estabelecer uma agenda para teorização da fotografia enquanto meio heterogêneo e em mutação vinculado aos aspectos dinâmicos da cultura contemporânea.

Refletir em eixos multidisciplinares sobre aspectos da história e teoria da fotografia, considerando novos marcos de reflexão e abordando questões surgidas no contexto atual de mudanças tecnológicas, culturais, econômicas e políticas.

Investigar a condição e características de produção, circulação e consumo da fotografia em contextos locais, nacionais e globais.

Estimular a produção e publicação regular de artigos, ensaios, apresentações em congressos, seminários e simpósios. Encorajara produção de eventos ligados à fotografia, o desenvolvimento de ações, a realização de exibições e conferências, o estabelecimento de parcerias com os setores público e privado.

São coordenadores do Grupo:
Prof. José Afonso Jr. zeafonsojr@gmail.com
Prof. Eduardo Duarte. edwarte@terra.com.br

São focos temáticos do grupo, atualmente:
A Teoria e história da Imagem fotográfica.
A Documentação visual.
A Estética e fotografia.
A Teoria e Praxis do Fotojornalismo.

quarta-feira, 19 de março de 2008

Pinhole Day: vamos participar!



O aluno Marco Antônio Silva, do segundo período noite, manda o recado: "Anualmente, ocorre o evento Pinhole Day quando pessoas de todo o mundo fazem suas fotos usando câmeras pinhole e depois exibem no site da organização (www.pinholeday.org). No ano passado, apesar de termos feito câmeras e fotos, nem o Câmara Escura (fotoclube do qual faço parte), nem nenhum dos outros participantes locais enviou fotos, portanto Pernambuco não consta no mapa do evento. Agora temos uma chance de mudar esse panorama".

Para quem quiser fazer trabalhos em pinhole e mandar, a AESO disponibiliza, para alunos do curso de Bacharelado em Fotografia, infra-estrutura de laboratório e papéis para a realização das atividades. Podem procurar Ricardo Bicudo, no Laboratório.

domingo, 16 de março de 2008

Três refelexões de Georgia Quintas

O blog "Esquinas da Imagem" recebe a ilustríssima contribuição da professora Georgia Quintas (de Teorias da Imagem e Antropologia Visual) em três textos que foram publicados no Jornal do Commercio e no suplemento Pernambuco, do Diário Oficial.

Contribuições são sempre bem-vindas!
Boa leitura

Fotografia e Memória

Georgia Quintas*
Texto publicado no Jornal do Commercio

Poucos pensam sobre isso, mas a fotografia é tácita na vida de todos. Em nossas lembranças mais longínquas, em nossas histórias familiares e na formação da memória. A imagem fotográfica restitui narrativas emocionais, contempla a atmosfera de tempos passados e nos envolve em sua complacência de guardar o efêmero da vida para futuros enternecidos observadores. As sensações resultantes ante um documento fotográfico nos remetem a uma realidade a ser examinada delicadamente. Nesse sentido, não é a razão que rege o interesse pela fotografia. E sim, a sensibilidade do instinto que direciona o olhar.
Através da produção de corriqueiros registros fotográficos familiares, alguns dos status mais importantes que a fotografia possui se refletem, ou seja: de papel cultural e de preservação da memória. De modo que será nos álbuns das famílias contemporâneas que gerações futuras conhecerão valores, costumes e símbolos sociais de determinada sociedade e seu contexto cultural.
O registro visual da vida privada - a princípio, fonte de interesse apenas do núcleo familiar retratado - é um valioso material iconográfico que cada um de nós constrói inconscientemente e que configura a nossa memória social. Assim, a fotografia, enquanto fonte primária de investigação, nos revela sua profícua e ampla latitude de significados e representações. Digamos que se trata da alteridade por excelência. Conhecer o outro retratado (seja qual for o indivíduo em foco) não é somente tentarmos apreender o passado, mas, sobretudo, vislumbrarmos traços que ajudem a entender a nós mesmos, nossa identidade e as sutilezas de como nos apresentávamos ao mundo (plasmada em representações e idealizações de outrora).
Particularmente, a linguagem fotográfica sempre esteve no centro de minhas pesquisas, enquanto fonte de memória, significados sociais e suporte de poéticas visuais. Graças ao legado dos retratos de família, durante alguns anos, meu "olhar" esteve dedicado a fotografias da aristocracia canavieira de Pernambuco do século XIX e princípios do XX. Após debruçar-me para fazer um mapeamento minucioso no acervo da Coleção Francisco Rodrigues, da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), informações visuais significativas foram analisadas, decifradas e decodificadas com o objetivo de recompor, como alguns autores denominam, a "civilização do açúcar" - período fundamental na formação da identidade brasileira.
Discutir, refletir e apreender a sintaxe da imagem faz parte de minha trajetória nesta busca mágica de compreender os sentidos que o ato fotográfico deflagra. E assim neste caminho, resultou a tese de Doutorado "Imágenes del Pasado: Un Análisis Interpretativo desde la Perspectiva de la Antropología Visual. Los retratos de la sociedad agraria aristocrática de Pernambuco", que defendi na Universidade de Salamanca (Espanha).
A partir de uma análise sócio-cultural da iconografia pesquisada, remontei narrativas simbólicas e pautas sociais determinantes para a aristocracia canavieira. De maneira que abordei as representações visuais e conseqüentemente seus valores sociais * verdadeiros índices, quanto a questões de parentesco, gênero, cânones morais, religiosidade, costumes e relações interétnicas. Entretanto, ao discutir sobre identidade (algo indelével aos retratos), se observa a alteridade entre dominantes (senhores de engenho) e dominados (escravos); de como se constrói a imagem do outro e portanto como os paradigmas estéticos são elaborados enquanto mecanismo de distinção social, como também expressão de poder e ideologia.
A consciência de preservar estas imagens do passado, através do empenho em colecionar retratos de famílias da sociedade canavieira, deve ser creditada ao dentista pernambucano Augusto Rodrigues, que em 1927 iniciou seu acervo. Já o seu filho, o também dentista Francisco Rodrigues, foi o responsável em continuar o sonho paterno. Neste ponto, voltamos ao raciocínio anterior: somos nós que produzimos a memória social de determinada sociedade e época. E aos que têm a devoção de colecionar, ou mesmo, de guardar fotografias, devemos a existência desta memória visual, sem a qual não teríamos surpreendente patrimônio e a possibilidade de retomá-la em nossos tempos.

Georgia Quintas é doutora em Antropologia pela Universidade de Salamanca (Espanha) e professora do curso de Bacharelado em Fotografia das Faculdades Integradas Barros Melo.

A imagem de fora e de dentro

Instalação "Face Hands"


Georgia Quintas*
Texto publicado no suplemento Pernambuco

Nem sempre o que acreditamos ser uma simples questão de aparência e vaidade, é algo tão superficial ou frívolo. É certo que, atualmente, com este mundo acachapante das celebridades, não é difícil considerar que o registro fotográfico tornou a individualização da pessoa retratada tão banal que vemos, gradativamente, a construção da imagem de um indivíduo-objeto. E o que vem à mente é apenas vaidade, vaidade, pura vaidade. Estabelece-se assim, a necessidade da aparência de alguns que alimentam a curiosidade de outros. E nada preenche nada. A imagem passa a ter um silêncio, um vazio, apenas a performance rasa de um “eu” sem nenhum significado. E tudo se torna descartável através de um apelo efêmero, através de instantes (consentidos ou não) de fragmentos da vida plasmada como espetáculo.
Entretanto, a percepção sobre o outro é uma troca social, um mundo simbólico que remete a valores culturais entre quem é retratado e quem o observa. Paralelamente aos novos caminhos que a fotografia contemporânea traça esteticamente e conceitualmente, a natureza primária de identidade inerente à fotografia ainda sobrevive em seu status de registro social de determinada sociedade e época. Podemos dizer que a fotografia é um suporte hegemônico, desde seu advento no século XIX, no qual as pessoas se tornam atores sociais, legitimam sua estratificação econômica, demonstram suas relações de poder e delimitam seu espaço de representatividade na sociedade.
Durante uma semana, me detive em analisar as fotografias das colunas sociais dos jornais locais. E o que poderia ser apenas uma percepção de retratos corriqueiras em eventos sociais, não se esgotou no conceito de que muitos - inevitavelmente com certo ranço e algum preconceito -, consideram de autopromoção ou exibicionismo. Na verdade, é inexorável o propósito de tais imagens em tornar algo público e visível. A aparência é tangível, agrega símbolos de status, muitas vezes indicados na maneira de vestir-se, ao usar jóias ou mesmo ao estar em um ambiente que denote o seu prestígio e sua capacidade de transitar em lugares seletos, refinados, enfim distintos dos “lugares-comuns”.
No entanto, a coluna social representa um segmento jornalístico que efetivamente tem um papel importante e catalisador das convenções e pautas sociais. Nesse sentido, o registro fotográfico nos leva ao passado, revela caminhos já explorados que só nos afirmam a certeza de quem somos. E assim, ao observar imagens de mulheres elegantes, sofisticadas e de homens, por sua vez, sublinhando algum contexto econômico ou de negócios, encontrei sobrenomes que se repetiam nas respectivas colunas. Sobrenomes, neste caso, têm uma carga simbólica representativa sobre o que a fotografia pode nos oferecer enquanto palco de representação da vida social.
O que ocorre no colunismo social é apenas um reflexo (e aqui, não discuto a importância e o mérito deste segmento jornalístico) da relação intrincada entre fotografia e sociedade. Temos que partir do princípio que nada é tão superficial que margeia o sentido da ingenuidade. A história da fotografia atesta que a sociedade utiliza o registro fotográfico como um mecanismo efetivo de comunicação, de modo que os indivíduos se apropriam da imagem e criam seu repertório estético para transmitir suas “intenções” e seus “desejos” ante os outros. Tudo é um palco, uma encenação da realidade, uma metalinguagem da vida pela perspectiva da idealização. Parece um pouco confuso e dúbio, mas assim é a imagem. Não tão real, não tão sincera. Um pouco manipulada, passível de várias leituras e algumas relativizações.
Sobre a fotografia como documento social, a autora e fotógrafa alemã Gisèle Freund, enfatiza que a imagem fotográfica possui a amplitude de expressar as necessidades das classes sociais dominantes e de interpretar à sua maneira os acontecimentos da vida social. Mas ela, sobretudo, expõe o ponto nevrálgico da ontologia - seja de que tipo for o retrato -, da imagem fotográfica, e nos pilha: a imagem responde à necessidade cada vez mais urgente no homem de dar uma expressão a sua individualidade.
Diria que o fluxo das imagens traz os resquícios da sociedade aristocrática da cana-de-açúcar de Pernambuco. Numa espécie de sopro, sentimos a atmosfera das elites... Nas legendas, se constata a procissão de nomes de famílias tradicionais de uma época que nos remonta facilmente à formação de nossa identidade agrária - tão cheia de contrastes sociais e de relações interétnicas. Tal contexto nos remete a fotografia do século XIX, especialmente os retratos de família. A reunião de imagens fotográficas, produzidas naquela época e ordenadas em preciosos álbuns, era o “livro” consentido da história de cada núcleo familiar. Neles, povoavam personagens que nasciam, cresciam, casavam-se, viajavam, iam à guerra, tornavam-se republicanos, abolicionistas ou conservadores. Ainda através dos retratos, cultuavam-se seus mortos, celebravam grandes datas (casamentos, batismos, primeira comunhão), enfim coisas da vida, ritos de todos nós. Nestas imagens antigas, se compreende que a técnica fotográfica estava a serviço da elite agrária. A fotografia, não tão popular por fatores econômicos ao consumo de classes sociais mais pobres, se converteu na vitrine desejada de legitimação da posição social daquele grupo cujo poder, riqueza e prestígio tinha sua própria ideologia. Desse modo, o visitante ao entrar na sala de uma casa-grande ou de um sobrado encontrava o tal álbum de fotografias para “casualmente” conhecer quem eram os retratados e, claro, de acordo, como queriam ser reconhecidos em todo seu esplendor e riqueza.
Através do jornal, ainda somos personagens desta realidade imagética da vida social que se descortina diariamente. Representamos o objetivo final daqueles mesmos álbuns de família, somos o alvo. Acompanhamos aniversários, casamentos, fatos marcantes da vida de pessoas que não conhecemos, mas que pelo hábito da leitura e do olhar, já as reconhecemos devido à freqüência com que vemos seus retratos. Ainda somos os receptores, os observadores tão desejados para que tais fotos tenham algum sentido. O certo é que se trata de um espaço no qual uma parte da sociedade é documentada, o que coloca a fotografia como instrumento de percepção e interpretação para o leitor. Desta maneira, dependendo de como você encare o colunismo social ele poderá ter duas perspectivas. Uma primeira, espécie de vitrine, da qual muitos alimentam a pueril curiosidade de quem é visto e de quem vê. Ou então, tentar transcender o banal das aparências, buscar razões e refletir sobre os significados sociais que produz o que vemos. E vale repensar no que disse na primeira frase deste texto; agora, ela poderá fazer algum sentido. Ou seja, resta escolher qual das imagens pode nos “alimentar”: a de dentro ou a de fora... E assim, perceber um pouco de nossa alma, nossa história e nossa identidade.

* Antropóloga e professora do curso de Bacharelado em Fotografia das Faculdades Integradas Barros Melo (AESO)

Os Sentidos da Fotografia

Foto de Rodrigo Braga


Georgia Quintas*
Texto publicado no Jornal do Commercio

A fotografia é um campo profícuo para reflexões e debates. Nesse sentido, para aplacar nossa carência, tivemos uma significativa oportunidade com a 1ª Semana de Fotografia do Recife. Através desta iniciativa foi possível interagir com a produção fotográfica local e comungar algumas inflexões com profissionais atuantes em vertentes distintas da fotografia contemporânea. Foi uma chance de conhecer novos olhares e pensar a respeito do panorama atual da fotografia.
Outro ponto relevante a ser considerado diz respeito à formação de profissionais nesta área com a criação do curso de graduação em fotografia da Faculdade Barros Melo (Aeso). A imagem fotográfica como área de conhecimento (aqui ampliamos a percepção para além do fazer fotográfico) proporciona um vasto campo de investigações. Seja como documento social ou expressão artística, o registro fotográfico propõe, remete e indica caminhos e alteridades que merecem ser objeto de estudo, pesquisa, leituras e análises. A formação com base humanista não só acrescenta consciência quanto ao ato fotográfico como amplia perspectivas mais reflexivas * em contraponto à cansativa banalização do registro fotográfico.
Há muito, a fotografia contemporânea transcendeu alguns dos seus pressupostos epistemológicos que lhe postulavam, enquanto suporte, a veracidade do registro e sua importância como estatuto de captura dos códigos do real. Ao longo da historiografia da imagem fotográfica, se observa que tais barreiras foram suplantadas, o que permitiu que novas perspectivas pudessem formular leituras e olhares subjugando o signo aparente. As coisas subverteram-se e o objeto a ser fotografado já não estava a serviço do simples reflexo da realidade, de uma leitura puramente pela identidade ou por seu reconhecimento. Com efeito, é na diversidade de abordagens, na expansão das possibilidades da técnica como elemento agregador de conceitos, idéias, sensibilidades e subjetivismo que reside o infindável encanto pela dualidade, que a fotografia detém, de mistério e encantamento.
Muitos ainda podem partilhar do depoimento que o fotógrafo Ansel Adams discorreu sobre a beleza na fotografia como sendo uma "expressão plena daquilo que sentimos com relação ao que estejamos fotografando no seu sentido mais profundo e é, em conseqüência, a expressão verdadeira do que sentimos com respeito à vida como um todo".
Na realidade, a facilidade que os tempos e suas tecnologias trouxeram ao "fazer fotográfico" em muito banalizou o suporte. De modo que as narrativas visuais se tornaram, em certos casos, superficiais, infantis, rasas, sem estofo (vale mencionar que um exemplo oposto a esta tendência é a arrebatadora produção do artista Rodrigo Braga). A criação fotográfica plasmada no cenário contemporâneo nos faz refletir que os três elementos substanciais da semiótica (ou seja, o ícone, o índice e o símbolo), cada vez mais, "dialogam" com a noção de que a fotografia vai além de seu status de explicação. A fotografia possui uma poética visual que não sentencia e tampouco delimita suas margens. Como bem resumiu Susan Sontag, a fotografia nada mais é que um convite inexaurível à dedução, à especulação e à fantasia.
Nesse sentido, a imagem fotográfica se estabelece no âmbito das artes plásticas como ferramenta de poéticas e proposições conceituais. A imagem passou a conjugar vários sentidos e sensações. Entretanto, a perspectiva fotográfica enquanto conhecimento é muito mais complexa e requer reflexão sobre o seu passado e suas origens. Decifrar imagens envolve interpretar representações e, sobretudo, recompor seus significados, seu contexto cultural, a mentalidade de uma época, a vivência criativa do fotógrafo, entre outros aspectos. Qualquer oportunidade que se tenha, para apreender a fotografia como imagem construída, será essencial. Mais precisamente, será o começo de uma desconstrução formal que nos envolverá em muitos sentidos e experiências estéticas. Seria como apagássemos os clichês de nossa memória e encontrássemos novos mundos em outros olhares.

* Antropóloga e professora do curso de Bacharelado em Fotografia das Faculdades Integradas Barros Melo (AESO)

Sobre coragem e covardia



Filme sobre o mito de Jesse James, com Brad Pitt, é cartaz da Sessão de Arte

Thiago Soares

Antes de qualquer coisa: o filme “O Assassinato de Jasse James Pelo Covarde Robert Ford” já está disponível em DVD. No entanto, mesmo sendo esta a primeira informação deste texto, é inegável fazer uma convocação a se assistir a esta obra no cinema. É daqueles filmes maginificamente fotografados, com planos que são verdadeiros desbundes visuais e aquela noção de tempo mais como uma espacialidade que propriamente como uma sucessão temporal. Está em cartaz da Sessão de Arte, hoje, no Multiplex UCI Tacaruna e, na próxima semana, entre o Boa Vista e o Recife.
A gente começa comentando “O Assassinato de Jesse James...” pela fotografia porque, justamente, é este artefato que faz com que a obra seja tão interessante de ser “degustada” na grande tela. O diretor de fotografia Roger Deakins (o mesmo de “Onde os Fracos Não Têm Vez”) cria um ambiente visual de tensão a partir de dois dispositivos: o contraste entre os planos abertos (muito céu, planícies, aquelas imagens típicas de um faroeste) e os fechados (cenas em internas, planos nos rostos, uma narrativa íntima e pessoal); além da pregnância de uma relação entre as cartelas de cores e o preto (enquanto o mundo é colorido, os personagens insistem em se vestir de preto).
Esta parece ser a tradução do que se pode considerar a excelência de um discurso visual sobre uma narrativa: temos aqui a história do assassinato de um mito (o “Robin Hood” do faroeste, Jesse James, vivido por Brad Pitt) e a obsessão de um homem por este mito (o Robert Ford, aqui interpretado por Casey Aflleck, irmão de Ben e indicado ao Oscar de ator coadjuvante neste ano).
Como na “Crônica de Uma Morte Anunciada”, de Gabriel García Marquez, aqui, também já sabemos que uma morte é o “mote” narrativo. Por isso, a orientação do filme vai compondo partículas estéticas que dão escopo à relação com a morte. Não à toa, quase todos os personagens trajam preto, têm tom fúnebre, como numa antecipação da idéia de que a morte ronda, está impregnada em cada cena.
Nos muitos silêncios a que o personagem Jesse James é submetido, vemos um Brad Pitt à deriva, de olhar perdido, evocando a idéia de que quando a morte se aproxima, a gente sente – o calafrio, o susto, a expectativa – e impossível não lembrar de “O Sétimo Selo”, de Bergman (numa visão muito mais simbolista que o realismo deste filme). "O Assassinato de Jesse James pelo covarde Robert Ford" é chamado de “western cult”, talvez por se preocupar muito mais com as relações que surgem entre suas figuras centrais do que com os tiroteios e balas (como no recente “Os Indomáveis”). O tom aqui é melancólico e vemos dois homens em confronto: de um lado, Jesse James, assombrado por fantasmas reais de sua coragem e de seu medo; e Robert Ford, consumido por sua covardia transformada em inveja e desejo de mitificação. O duelo não utiliza armas nem tiros. E não há vencedores.

segunda-feira, 10 de março de 2008

Fotografia pernambucana perde Nerivanha Bezerra

A fotografia pernambucana perdeu, no último domingo (09/03), a professora e teórica Nerivanha Bezerra, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Doutora em Fotografia pela Escola de Belas Artes da Universidade de Barcelona, Nerivanha dedicou grande parte de seus estudos a mapear a relação entre fotografia e representação social. Um dos seus estudos mais representativos chama-se "Representações em Imagens Equivalentes" e pode ser lido no link abaixo:

http://www.bocc.ubi.pt/pag/lima-claudia-imagens-equivalentes.pdf

quinta-feira, 6 de março de 2008

Arte e Crime: Insubordinações (Expô, oficinas, performances)

Atenção, alunos, a participação com certificado ou atestado em algumas das atividades deste seminário, pode contar com horas das atividades complementares.






O cenário das artes plásticas ganha mais um espaço de discussão e reflexão sobre a prática artística contemporânea realizada no País. É o seminário "Arte e Crime: Insubordinações", que acontece entre os dias 10 e 15 deste mês, com atividades como palestras, debates, oficinas e ações performáticas divididas entre vários espaços como a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj-Derby), Centro de Artes Visuais (CEFAV), Instituto de Arte Contemporânea (IAC) e Museu Murilo La Greca.
O seminário tem como foco obras e ações artísticas que, devido ao seu caráter crítico, político e transgressor, situam-se no limite da ilegalidade, como nudez em praça pública ou mesmo o uso de substâncias ilícitas. Um caso bastante conhecido, por exemplo, é o da artista plástica Jac Leirner, que quase foi processada, por se apropriar de lembrancinhas levadas de aviões como copos, talheres, guardanapos, cobertores, travesseiros, sacos para enjôo, fones de ouvido e cinzeiros de várias companhias aéreas em que voou. Os objetos foram matéria para a série "Corpus Delicti (1987-1993)", em que mostrava uma coleção de objetos gastos pelo uso cotidiano. Ela, inclusive, estará aqui como uma das convidadas do evento.
O seminário abordará obras e ações que terminam por legitimar atos socialmente considerados ilegais, principalmente da produção influenciada por parcela da produção de artistas das décadas de 1960 e 1970, que vem ganhando relevância desde meados de 1990. Neste cenário, inclui-se ainda a utilização das novas tecnologias para introduzir diferentes formas de circulação de conteúdo artístico, ou para se aproximarem de questões políticas e sociais, numa mescla de arte e ativismo político.
O evento proporcionará um encontro de profissionais de diversos estados do Brasil com intuito de enriquecer o debate sobre estas práticas da expressão artística. Entre os convidados, a presença do advogado Ronaldo Lemos (representante brasileiro da nova licença para direitos autorais, o Creative Commons); da pesquisadora e curadora Daniela Labra, e dos artistas plásticos Paulo Bruscky, Graziela Kunsch e Marcelo Cidade. O "Arte e Crime" se propõe ainda a não só estabelecer uma troca entre estes profissionais, como possibilitar a interação entre eles e o público local, visando abarcar pontos de vista e experiências diversas, movimentando assim a produção, formação e difusão das artes no Recife.
Nesse sentido, na mesa de debates, assuntos como direitos autorais, re-apropriações, ativismos e vandalismos sociais, plágio e pirataria estarão esquentando a discussão. Entre os temas, "Arte, substâncias e atos ilícitos"; "Transgressão possível. O que significa transgredir hoje?" e "Pirataria, plágio, direitos autorais: a tecnologia e desvios das normas (re) produtivas no campo artístico". Entre as ações de performances, a artista plástica Flávia Giroflay levará para o IAC suas peças adquiridas em feiras de troca-troca como a de Peixinhos e Água Fria (famosas pelo comércio de produtos roubados), que serão dispostos para serem furtados. Na sala, uma câmera de circuito interno transmite e registra as imagens-roubos em um monitor disposto do lado de fora. Furtos em tempo real, um atestado de bom ladrão. Faz parte da exposição um “roubo artístico” surpresa. Rouba aqui...furta ali... é roubado...tem cem anos de perdão!
O projeto Arte e Crime foi aprovado pelo Edital Conexão Contemporânea da FUNARTE/Ministério da Cultura, com patrocínio da Petrobras (por meio do edital – entre 286 projetos enviados, 36 foram aprovados. Destes, apenas quatro do Estado), com co-patrocíno da Prefeitura da Cidade do Recife, por meio da Fundação de Cultura e apoio da Fundaj e Governo do Estado de Pernambuco.


Confira a programação:

PALESTRAS E DEBATES:

Loca: Fundação Joaquim Nabuco
Horário : 19h
Endereço : Rua Henrique Dias, 609 - Derby - Recife – PE
as inscrições antecipadas podem ser feitas no 3073-6692, com Edmundo


10/ 03 - MESA 1 - ARTE E CRIME: INSUBORDINAÇÕES NOS ANOS 60 E 70

Com Cauê Alves/Paulo Bruscky
Mediação: Luisa Duarte


Cauê Alves - Formado em Filosofia pela FFLCH-USP, onde defendeu mestrado e atualmente desenvolve pesquisa de doutorando. Foi professor de filosofia e história da arte da Universidade Cidade de São Paulo (2003-2004). Atualmente é professor de história da arte do curso de arquitetura e urbanismo da Escola da Cidade e docente da Faculdade de Comunicação da FAAP. É membro do Corpo Editorial da Revista Número, curador do Clube da Gravura do Museu de Arte Moderna de São Paulo. Foi colunista da revista mensal Bien’art (2005- 2007), membro do Conselho Consultivo de Artes do MAM-SP (2005-2007), um dos curadores da exposição "MAM[na]OCA: arte brasileira do acervo do Museu de Arte Moderna de São Paulo" (2006-2007) e curador de "Quase líquido", Itaú Cultural (2008).

Paulo Bruscky - Artista voltado, desde os anos 70, para as ações da vanguarda e do experimentalismo. Realizou diversas mostras individuais no Brasil e no exterior e teve sala especial na 26º Bienal de São Paulo – São Paulo/SP – 2004. Foi curador de diversas mostras no Brasil e no exterior. Possui importante acervo documental acerca das vanguardas artísticas do pós-guerra, incluindo trabalhos originais do Grupo Fluxus e Gutai (Japão), tendo mantido correspondência regular com alguns de seus membros. Em 1981 recebe a Bolsa Guggenheim de Artes Visuais, residindo por um ano em Nova Iorque. Suas experiências com arte-correio, vídeo arte, artdoor e xerografia/faxarte são pioneiras dentro das discussões sobre a utilização de novos meios na arte brasileira.


11/03 - MESA 2 - ARTE, SUBSTÂNCIAS E ATOS ILÍCITOS

Marcelo Cidade/Jac Leirner/Moacir dos Anjos
Mediação: Daniela Labra


Jac Leirner - Formada em Licenciatura Plena/BFA em Artes Plásticas na Fundação Armando Álvares Penteado, São Paulo em 1984 . Foi Professora instrutora na Fundação Armando Álvares Penteado, São Paulo de 1987 à 1989 . Fez residência como : Artista convidado/visiting Fellow no University College, Oxford, Artista convidado na Ruskin School of Drawing and Fine Arts da Universidade de Oxford, 1991 . Realizou exposições individuais no Museu de Arte da Pampulha, Belo Horizonte, Brasil / 2006 ; No Centre d'Art de Saint Nazaire, Saint Nazaire, França/ 'Little Lights' 2005; No Miami Art Museum, Miami, EUA 'Adhesive 44' 2005; e No Centro Cultural Banco do Brasil, 'Jac Leirner - Ad Infinitum', Rio de Janeiro, Brasil/2002. Participou de várias coletivas como : 'Quinta Bienal do Mercosul', Porto Alegre,2005; 'Museum as Subjects', The National Museum of Art, Osaka, Japão / 2001'Documenta IX', Kassel/1992 ; 'Aperto 90’, XLVII Bienal de Veneza, 1990 . Em 2001 foi agraciada com a bolsa da Fundação John Simon Guggenheim, Nova York.


Marcelo Cidade - Nasceu em São Paulo em 1979. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil. Formado em Artes Plásticas pela Fundação Armando Álvares Penteado. O ambiente urbano e o sistema das artes são focos dos trabalhos do artista que realiza pixações, pinturas, performances, fotos e vídeos. Em "Fuzilamento", o artista nu leu uma lista de nomes de revoluções político-sociais enquanto era alvejado por pedaços de cimento pelo público. Numa outra performance, passou num triturador de papel as páginas do livro "A arte moderna", do historiador italiano Giulio Carlo Argan. "Processos de acinzentamento" apresenta um passeio do artista por instituições de arte carregando uma mochila furada que despejava cimento por todo o percurso.


Moacir dos Anjos - Pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco, no Recife, desde 1990. Diretor geral do Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (Mamam), do Recife (2001-2006). Dentre as exposições recentes de que participou como curador incluem-se: Contraditório. Panorama da Arte Brasileira (2007), no Museu de Arte Moderna de São Paulo; Zona Franca (2007), na Bienal do Mercosul, Porto Alegre; Marcas – Efrain Almeida (2007), na Estação Pinacoteca, São Paulo; Geração da Virada (2006), no Instituto Tomie Ohtake, São Paulo (co-curador: Agnaldo Farias); Rosângela Rennó (2006), no Mamam, Recife; Babel – Cildo Meireles (2006), na Estação Pinacoteca, São Paulo e José Pedro Croft (2006), no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Tem ensaios sobre história e teoria da arte e textos críticos sobre artistas publicados em livros, catálogos e revistas. É autor de Local/Global: arte em trânsito (Rio de Janeiro: Zahar, 2005)



12/03 - MESA 3 - ATIVISMO, VANDALISMO, COLETIVOS E OCUPAÇÕES: ARTE E PERSPECTIVAS POLÍTICO-SOCIAIS

Graziela Kunsch / Paulinho do Amparo
Mediação: Daniela Labra


Graziela Kunsch – Artista formada pela FAAP, em 2001, neste momento conclui seu mestrado na ECA-USP, com o Projeto Mutirão. Desde 2001 acolhe projetos de residência na casa onde mora e abre sua biblioteca pessoal para uso público. Atualmente trabalha nos projetos Arte e esfera pública [http://arte-esferapublica.org], BASE móvel [http://base-movel.org] e Fórum Permanente [http://forumpermanente.org]. Edita a revista Urbânia 3, a ser lançada em abril de 2008. Graziela foi convidada para esta mesa em função do seu envolvimento com lutas políticas e de vídeos seus que abordam situações de desobediência civil.


Paulo do Amparo - Paulo Magno Lins de Aragão, nome artístico "Paulo do Amparo" nasceu aos 19 de maio de 1975, em Salvador, Bahia, filho de Humberto Magno e Maria Luíza, artistas plásticos. Atualmente mora em Olinda, na rua do Amparo, em Olinda, onde mantém ateliê junto com a família e é querido pela comunidade. Jovem de vocação terrorista e mafiosa, ele vem desenvolvendo trabalhos no ramo da marginalidade e da anarquia niilista, como o plágio, a pirataria, o direito de mentir livremente, o alcoolismo como arte e atitude de vida. Não leu o release do projeto "arte e crime", mas está pronto pra discutir, sugerir, opinar e se contradizer sem pedir desculpas. Mais informações a seu respeito podem ser encontradas em associação com "geladeira metal", "3 et´s Records" e "Ateliê Iza do Amparo".


13/03 - MESA 4 - A TRANSGRESSÃO POSSÍVEL. O QUE SIGNIFICA TRANSGREDIR HOJE?

Com Pedro Andrade/Miguel Chaia
Mediação: Luisa Duarte


Pedro Duarte de Andrade - Graduado em Jornalismo, Mestre em Filosofia e Doutorando em Filosofia na PUC-Rio. Professor Substituto de Filosofia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Professor da Pós-Graduação Lato Sensu da PUC-Rio - Especialização em Arte e Filosofia. Professor da Pós-Graduação Lato Sensu do Senai-Cetiqt – Especialização em Design e Moda. Bolsa de pesquisa do CNPq, pelo PIBIC, “Heidegger e a questão da arte: o lugar da reflexão estética no pensamento heideggeriano” – agosto/2001 a julho/2002; agosto/2002 a janeiro/2003 Artigos publicados“Ensaio de linguagem ou linguagem de ensaio”: revista eletrônica Viso: Cadernos de Estética Aplicada, n. 1 (http://www.revistaviso.com.br/) – abril/2007.


Miguel Chaia - Cientista social, mestre e doutor pela Universidade de São Paulo, professor da Faculdade de Ciências Sociais e do Programa de Estudos Pós Graduados em Ciências Sociais da Pontifícia Universidade Católica de São
Paulo.Diretor-editor da Editora da PUC-SP.Coordenador e pesquisador do Núcleo
de Estudos em Arte, Mídia e Política da PUC-SP.É autor de vários textos sobre
arte brasileira e do livro "Arte e Política", lançado em 2007 pela Azougue
Editorial, Rio de Janeiro. Principais Pesquisas: Tomie Ohtake: levantamento e catalogação da obra e do material multimídia; Arte e Política: aproximações e distanciamentos; Conflitos e guerras em William Shakespeare. Principais publicações: Mídia e Política; A Dimensão Cósmica na Arte de Tomie Ohtake; Trabalho: entre a política e o conceito; Intelectuais e Sindicalistas: a experiência do Dieese.


14/03 - MESA 5 - PIRATARIA, PLÁGIO, DIREITOS AUTORAIS: A TECNOLOGIA E DESVIOS DAS NORMAS (RE)PRODUTIVAS NO CAMPO ARTÍSTICO

Gabriel Menotti/Ronaldo Lemos/Mabuse
Mediação: Luisa Duarte


Gabriel Menotti - Bacharel em Comunicação Social pela UFES e mestre em Comunicaçao e Semiótica pela PUC-SP. Sua pesquisa de mestrado sobre salas de cinema e vjing foi premiada na edição 2006-2007 do Rumos Itaú Cultural Arte Cibernética. Atua como produtor e curador dentro do Cine Falcatrua, grupo que já realizou mostras, seminários, oficinas e campeonatos de videogame por todo o país. Também trabalha como animador, e atualmente produz seu primeiro filme.


Ronaldo Lemos – Mesmo com apenas 29 anos, já coleciona lutas sobre a democratização da tecnologia e cultura no mundo. Advogado formado pela Universidade de São Paulo e com um mestrado em Harvard, Ronaldo Lemos hoje é o representante brasileiro da nova licença para direitos autorais, o Creative Commons. Diferente da antiga licença copyright – que reserva todos os direitos ao autor – o Creative Commons trabalha por uma internet livre, aprovando previamente a reprodução, citação, distribuição ou criação de obras derivadas de qualquer propriedade intelectual, desde que citadas as fontes e não sejam utilizadas com fins comerciais.


Mabuse - designer, artista visual e músico. Fez parte do coletivo de artes visuais e música Re:combo, e participa hoje dos grupos autom.ato e calmax. Desenvolve projetos em arte e tecnologia em redes desde 1994. Junto ao Re:combo participou de exposicoes no Itau Cultural, Sonar Sound, Centro Cultural Banco do Brasil, Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhaes entre outros.


MEDIADORAS


Luisa Duarte - Nascida no Rio de Janeiro, 1979. Vive e trabalha em São Paulo. Crítica de arte e curadora independente. Em 2008 é mestranda em filosofia pela PUC-SP. É membro do grupo de críticos do Centro Cultural São Paulo. Fez parte da comissão curatorial do Programa Rumos Artes Visuais, Instituto Itaú Cultural, edição 2005/2006. Professora da graduação em artes visuais da Faculdade Santa Marcelina


Daniela Labra - Mestre em Artes. Instituto de Artes, UNICAMP. Campinas, São Paulo 2005 ; Experto em Comunicação e Artes. Universidad Complutense de Madrid. Espanha 2000 ; Bacharel em Teoria do Teatro. Escola de Artes Cênicas. UNI-RIO, Rio de Janeiro. Curadoria de exposições como: 2007 "Fabulosas Desordens", Centro Cultural da Caixa (Rio de Janeiro); "VERBO'07", evento interdisciplinar de Arte Performance, Galeria Vermelho (SP 2006); "Urban Scapes", Galeria DNA, Berlin (Alemanha); "VERBO'06", evento interdisciplinar de Arte Performance, na Galeria Vermelho (SP); "Juha Nenonen e Miklos Gáal", no Centro Mariantonia/USP (SP); "Corpo Ausente/Corpo Presente", na Galeria Mauá – Chave Mestra (RJ); "O Artista Personagem", no Centro Mariantonia, USP (SP); GearInside", Rotterdam (Holanda). Realizadora de Projetos como "Revista Número"; parte do Conselho Editorial, Centro Mariantonia/USP (SP), desde 2003); e do site www.artesquema.com


OFICINAS :

10 e 11 de março – OFICINA INTERVENÇÃO COMO DESOBEDIÊNCIA CIVIL OU VICE-VERSA, de Marcelo Cidade

Apresentar a questão de como a arte pode ser apenas uma desculpa para uma mudança social partindo de estratégias não convencionais ou politicamente corretas. A oficina pretende mostrar referências dentro da história da arte. Prática dos projetos apresentados. Discussão final.

Local: CEFAV – Centro de Artes Visuais
Endereço - Pátio de São Pedro casa 11. Santo Antonio.
Inscrições antecipadas – informações pelo 3232-2848


13 e 14 de março - OFICINA “EMANCIPAÇÃO PELA PIRATARIA” de Gabriel Menotti

Essa oficina busca imergir o público no fazer-cinema próprio do Cine Falcatrua; uma relação com a imagem que está além do ver e do produzir. Em algumas horas, os participantes serão apresentados a técnicas que possibilitam emular o circuito cinematográfico convencional usando eletrodomésticos de última geração, de softwares para trocas de arquivo ponto-a-ponto a projetores DLP

Local : CEFAV – Centro de Artes Visuais
Endereço - Pátio de São Pedro, casa 11. Santo Antonio
Inscrições antecipadas – informações pelo 3232-2848


AÇÕES PERFORMÁTICAS:


14 de março- LADRÃO QUE ROUBA LADRÃO..., de Flávia Giroflay e público como artista performer.

Numa sala reservada, objetos adquiridos em feiras de troca-troca, Peixinhos e Água Fria (famosas pelo comércio de produtos roubados), serão dispostos para serem furtados. Na sala, uma câmera de circuito interno transmite e registra as imagens=roubos em um monitor disposto do lado de fora. Furtos em tempo real, um atestado de bom ladrão. Faz parte da exposição um “roubo artístico” surpresa. Rouba aqui...furta ali... é roubado...tem cem anos de perdão!

Local : IAC – Instituto de Arte Contemporânea
Horário : 22h
Endereço: Rua Benfica, 157. Benfica
Fone : 32270657
Festa de Lançamento do Projeto Ocupação IAC – VamOcupano

15 de março - “I DIDN’T DO IT FOR NOTHING” (EU NÃO FIZ ISSO PARA NADA) do coletivo sueco High Heels Sisters
Performance, 40 min. Performer: Malin Arnell
“I didn’t do it for Nothing” é um confronto e um tributo a Valerie Jean Solanas (1936-1988) – Escritora. Prostituta. Lésbica. Mendiga. Teórica Feminista. Gênio. Atirou em Andy Warhol em 1968. Apoio: IASPIS – Suécia

Local : Museu Murillo La Greca
Horário : 17h
Endereço : Rua Leonardo Bezerra Cavalcanti 366, Parnamirim
Fone : 3232-4276

Blog de Alexandre Belém é instigante

Novidades, comentários, críticas e uma visão apurada sobre o fotográfico. Estes são alguns tópicos que se encontram no blog do fotógrafo Alexandre Belém, que além de ter um trabalho autoral e de criação com a imagem, é fotojornalista do Jornal do Commercio. Para conferir, basta acessar: http://abelem.wordpress.com

Exposição "Fotografias Experimentais"




"Fotografias Experimentais" é uma exposição fotográfica coletiva, que se inicia no dia 28 de março e fica até dia 13 de abril, no Espaço 97 (Rua 13 de Maio, em Olinda), próximo ao Museu de Arte Contemporânea (MAC). Entre os fotógrafos experimentalistas, estão Tonho Ceará, Mateus Sá, Luiz Santos, Rachel Ellis, Milla Targino, Damião Santana, Isaias Bello, Guga Soares e Josivan Rodrigues. A idéia aqui é usar "as mais variadas técnicas de captar imagens usando imagens precárias". Vai ter varal coletivo com resultado de alunos e mais disposições em audiovisual. Na abertura (dia 28 de março), haverá show de coco de roda com Dona Del e mais DJ Uriá.

Serviço:
Exposição "Fotografias Experimentais"

Local: Espaço 97, na Rua 13 de Maio, número 97, em Olinda.
(Próximo ao MAC)
Abertura na sexta, dia 28 de março, às 19h
Informações: 87950330
Blog: www.espaco97.blogspot.com

quarta-feira, 5 de março de 2008

Exposição Inframargem





Imagine uma exposição de fotos que capta o que os olhos não vêem. É essa mostra aparentemente improvável que entra em cartaz na Galeria Arte Plural, a partir do dia 12 de março. Intitulada "Inframargem - Margens de um Mundo Infravermelho", a série do fotógrafo paulistano Gustavo Bettini retrata paisagens e tons peculiares, obtidos através do Ektachrome IR, filme de uso militar, policial, médico e artístico, sensível a ondas infravermelhas.
A partir da adição de pigmentos especiais, essa película super sensível é capaz de capturar comprimentos de ondas invisíveis a olho nu, causando um resultado inusitado. Nada é o que normalmente aparenta; as cores mudam de lugar e a imagem se "desnuda", revelando um real nunca antes visto. O efeito, além de surpreendente, é
plasticamente digno de figurar numa parede-como-objeto-decorativo.
Através das fotografias captadas com o infravermelho, Gustavo Bettini, que despontou para a fotografia profissional no Recife, onde mora desde 2000, apresenta um universo original. O filme, que já teve comercialização proibida no Brasil, expõe aspectos como danos à vegetação, poluição das águas etc. Em "Inframargem", o fotógrafo ainda traz a idéia de margens em fotos de estradas, rios, passagens e vidas, o que explica o título da exposição.
Com especialização em Jornalismo Cultural, Bettini vem participando de projetos importantes como a Primeira Jornada Fotográfica do Recife, promovida pela Prefeitura da cidade e na qual foi orientador. Além disso, já expôs em mostras como a Bienal Internacional de Fotografia da Espanha, a Aqueducte 2006, um dos principais eventos da fotografia mundial.

Serviço:
Exposição INFRAMARGEM - Margens de um Mundo Infravermelho, de Gustavo Bettini
Abertura: 12 de março, às 19h.
Quando: A mostra vai de 13 de março até 18 de abril.
Onde: Galeria Arte Plural, Rua da Moeda, 140, Bairro do Recife.
Horário: A Galeria funciona de terça a domingo, das 13h às 19h.
Informações: 3424.4431

Últimos dias do concurso de grupo Nordeste

Vão até 14 maio as incrições para o prêmio Grupo Nordeste de Fotografia, que este ano tem o tema "Folclore e Arte Popular". Os interessados poderão se inscrever e ler o regulamento pelo site www.fiquetranquilo.com/concurso e enviar até duas imagens pelos correios até o dia 14 de março, data final do prazo. O candidato terá que enviar também a ficha de inscrição impressa e as fotos deverão medir 15x21 centímetros. O resultado será divulgado dia 24 de março.
Os candidatos podem se inscrever nas categorias: Profissional, Estudante e Funcionário. "O concurso, que existe há oito anos, teve sua última edição em 2005 e optamos por realizá-lo de dois em dois anos. Ele faz parte dos projetos de relacionamento do Grupo Nordeste e incentivo a produção artística. O tema este ano é focado na cultura popular porque entendemos que a cultura é fundamental na formação das pessoas, no entendimento das nossas raízes. Queremos aproveitar o período do Carnaval como fonte de inspiração para os participantes", diz Cecília Macêdo, gerente de marketing do grupo.
Formada por dois fotógrafos profissionais, um publicitário da agência Gruponove e dois diretores do Grupo Nordeste, a comissão julgadora do concurso escolherá as melhores imagens. A premiação para a categoria Profissional será de R$ 3 mil para o primeiro lugar, R$ 2 mil para o segundo e R$ 1 mil para o terceiro. Na Estudante, existe uma premiação no valor de R$ 1,5 mil. Já para a categoria Funcionário, o prêmio será um computador. Todos os ganhadores receberão um certificado pela participação e pelo mérito alcançado. O resultado geral do concurso será divulgado no dia 18 de março pelo site do Grupo Nordeste.
Esta será a sexta edição do "Prêmio Grupo Nordeste de Fotografia". No concurso passado, em 2005, 1.294 fotos foram enviadas de todo o Brasil quase superando em 100% o número de inscrições de 2003. Para esse ano, a empresa tem uma expectativa de atingir 10% a mais de inscritos nos três grupos em relação ao ano de 2005.

Endereço para envio das fotos

Grupo Nordeste
ATT.: Departamento de Marketing
Av. Engenheiro Domingos Ferreira, 2589 - 7? andar
Empresarial Alexandre de Castro e Silva
CEP: 51020-031 - Boa Viagem
Recife - PE

ATENÇÃO: Na parte externa do envelope deve constar a especificação "Prêmio Grupo Nordeste de Fotografia 2008"

Cursos do International Center of Photography (ICP), em NY

Muitos alunos têm me consultado sobre os cursos de Fotografia no exterior. Envio abaixo, uma lista dos cursos disponíveis no ICP, o International Center of Photography, que tem sede em Nova York. O espaço é sensacional, apesar dos cursos serem um pouco caros.

Mas, é aquela coisa: vale muito a pena!

CURSOS de VERÃO

http://www.icp.org/atf/cf/%7BA0B4EE7B-5A90-46AB-AF37-7115A2D48F94%7D/S08_PROGRAM_GUIDE.PDF

CURSOS de INVERNO

http://www.icp.org/atf/cf/%7BA0B4EE7B-5A90-46AB-AF37-7115A2D48F94%7D/W08_PROGRAM_GUIDE.PDF

Seminário Cadeia Produtiva das Artes Plásticas em Pernambuco na AESO

Atenção aos alunos do curso de Fotografia da AESO: este seminário é importantíssimo para debater o mercado de artes inclusive para a fotografia





O Seminário Cadeia Produtiva das Artes Plásticas em Pernambuco promovido pelo Bacharelado em Artes Plásticas das Faculdades Integradas Barros Melo acontece nos dias 11 e 13 de março, das 11h às 13h, no Cine-teatro da instituição. O intuito do evento é contextualizar as especificidades e principais questões que norteiam a cadeia produtiva das artes no Brasil e em Pernambuco. O público geralmente apenas pensa, e idealiza, na figura do artista e não se apercebe que há outros agentes envolvidos no processo de produção, divulgação, circulação e legitimação do trabalho do artista. O campo da arte em Pernambuco tem se fortalecido rapidamente nos últimos 10 anos, gerando oportunidades de novos nichos de mercado para vários profissionais da área das Humanidades, assim como possibilitando uma maior profissionalização do artista no Estado. O evento conta com a presença de profissionais que atuam no Recife, mas que são renomados nacionalmente, o que oferece uma perspectiva mais abrangente do segmento.
O Primeiro dia do Seminário é dedicado ao tema Arte e Mediação. Teremos as falas de um artista, um curador, um arte-educador e uma galerista de arte contemporânea. Qual a relação do artista com as instituições de arte e o mercado? Com quem se relaciona o artista? Qual a sua estrutura de trabalho? É possível sobreviver de arte no Brasil? O que significa a profissionalização do artista no século XXI? Qual o papel do curador no campo das artes? Qual a formação necessária para exercer esta função que ganha cada vez mais visibilidade no sistema das artes no mundo? Qual a relação do curador com o artista e com o público? Qual a relação do público com a arte e o papel do arte-educador? O que as instituições promovem para aproximar o público em geral ao universo da arte? E quais são os principais desafios para quem tenta mediar a venda dos trabalhos de arte contemporânea em Pernambuco? Como é o mercado de arte no Recife?
O segundo dia do evento foca-se no tema Arte e Produção. O objetivo é apresentar o trabalho dos profissionais que se especializam no campo da arte e que fazem possível a existência de uma exposição de arte e a documentação dos trabalhos de arte com qualidade. Teremos a presença de um produtor de artes plásticas, um design de montagem, fotógrafo especializado em arte e de uma dupla de designers gráficos especialista em publicações de arte. Qual a especificidade do trabalho do produtor de artes plásticas? Quais os passos para a produção de uma exposição? Qual a formação e o trabalho do design de montagem? O que é necessário para um bom registro fotográfico de uma obra de arte, de uma performance ou de uma exposição? Quais os requisitos mais importantes para um belo catálogo de arte? Estas e outras questões serão abordadas e discutidas no evento coordenado pela Coordenadora do Bacharelado em Artes Plásticas das Faculdades Integradas Barros Melo.



1° Dia – 11.03 - Arte e mediação

Marcelo Silveira – Artista Plástico
Moacir dos Anjos – Curador independente e pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco
Joana D´Arc – Arte-educadora e Coordenadora do Departamento Educativo do Instituto Cultural Ricardo Brennand
Mariana Moura – Proprietária da Galeria Mariana Moura

2° Dia – 13.03 - Arte e produção

Gustavo Neves – Designer e produtor do MAMAM
Eduardo Souza – Designer de montagem e coordenador do Art.Monta
Breno Laprovítera – Fotojornalista e Fotógrafo especializado em arte
Luciana Calheiros e Aurélio Velho - Zolu Design

Serviço:

1° SEMINÁRIO CADEIA PRODUTIVA DAS ARTES PLÁSTICAS EM PERNAMBUCO
LOCAL: Cine-teatro da AESO – Av. Transamazônica, 405, Jardim Brasil II, Olinda
QUANDO: Dias 11 e 13 de março, das 11h às 13h.
QUANTO: Entrada livre
INFORMAÇÕES: 3426 9797/ 2128 9797

Semana de Fotografia faz a AESO girar




Quem estiver de "bobeira" ou querendo ver coisas novas, interessantes, cheias de instigação criativa, pode dar uma chegada nas Faculdades Integradas Barros Melo (AESO), em Peixinhos, para conferir a mostra da disciplina de Introdução a Fotografia, do professor Ghustavo Távora. Trata-se de uma ocupação livre e criativa dos espaços de circulação da faculdade (corredores, hall de entrada, área da fonte) com muitas imagens fotográficas e referências lúdicas.
Além dos trabalhos dos alunos, é possível conferir fragmentos de trabalhos de alguns fotógrafos, como Mateus Sá, Ivan Alecrim e a Mostra RecifeLOMO, com LOMOgrafias, ou, fotos feitas com as máquinas lomo.